O combate à extrema pobreza, principal bandeira do governo Dilma Rousseff, terá que contar com apoio dos estados e municípios. É o que disse o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, Marcio Pochmann, em lançamento de estudo sobre a dimensão da pobreza extrema. Segundo ele, para um mapa completo da situação no país, será preciso parcerias também com universidades e outros institutos de pesquisa.
"Nós temos um universo de extremamente pobres em termos de renda e condições de vida, que alcança praticamente 1 a cada 10 brasileiros, do ponto de vista da dimensão nacional, mas não há uma homogeneidade territorial. Temos regiões em que a presença de extremamente pobres é muito maior”, disse Pochmann.
O presidente do Ipea também adiantou que o governo federal deverá lançar em breve um pacote de medidas para combater a miséria. “Será anunciado em breve o programa de enfrentamento a miséria extrema, e simultaneamente também exigirá por parte dos governos estaduais um repensar, e uma reorganização das suas próprias ações, porque é muito difícil evidentemente um programa federal ter o êxito se não contar com apoio dos governos locais, de âmbitos estaduais e municipais".
Outro ponto levantado pelo estudo aponta que o combate à miséria deve ser tratado de forma regional. “O mais importante é chamar a atenção para as dificuldades em identificar e localizar esses segmentos sociais muito pobres, tendo em vista que eles são historicamente já marginalizados e deserdados de políticas públicas, portanto o governo ao definir uma linha de extremamente pobres tornou mais complexa, mais difícil a atuação da política pública, porque isso implicará uma reorganização das ações de políticas públicas, que estão no plano federal, que já vem sendo executadas”.
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