terça-feira, 17 de maio de 2011

PROGRAMA " CAFÉ COM A PRESIDENTA" COM QUALIFICAÇÃO DO TRABALHADOR FAREMOS UM PAÍS MAIS RICO, DIGNO E SEM POBREZA.

Programa de rádio “Café com a Presidenta”, com a Presidenta da República, Dilma Rousseff.
 O governo mandou ao Congresso o projeto que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico, o Pronatec. A senhora pode explicar como é esse programa?
Presidenta: Claro, Olha, nós criamos o Pronatec para qualificar o trabalhador de hoje e o do futuro. Nós queremos, capacitar, até 2014, 8 milhões de estudantes e trabalhadores. Para quem já está no mercado de trabalho, vamos oferecer cursos de formação e qualificação profissional, e para o estudante de ensino médio vamos oferecer formação profissionalizante. É assim: a moça ou o rapaz que quiser aprender uma profissão, vai ter direito a uma bolsa de estudos; vai fazer o ensino médio num turno e o curso profissionalizante no outro turno. E olhe, o Pronatec também vai oferecer oportunidades para os beneficiários do Bolsa Família, para que eles possam ter uma profissão e um bom emprego.
 Presidenta, para profissionalizar todas essas pessoas, o governo vai ter que abrir muitas escolas, não é?
Presidenta: Ah, vai, sim. Para você ter uma ideia, neste ano já estamos construindo 81 novas escolas técnicas, e até 2014 vamos construir mais 200 novas escolas técnicas. Junto com as que já existem, vamos chegar a uma rede de 555 escolas técnicas federais em todo o Brasil, e vamos fazer mais, em parceria com os estados. São cursos nas mais variadas áreas. Você sabe que hoje em dia, por mais simples que seja o trabalho, é necessário ter alguma especialização. Muita gente, aprendeu na prática, mas isso agora já não basta. Vou dar um exemplo: o pedreiro, antes, só precisava saber colocar o cimento e o tijolo; hoje, para ser um bom pedreiro, ele precisa conhecer os novos materiais e as novas tecnologias usadas na construção civil. Esta, por sinal, vai ser uma área importante no Pronatec. Vamos investir muito na formação dos trabalhadores da construção civil, mas vamos criar cursos para todos os ramos: hotelaria, culinária, cabeleireiro, informática e outros setores fortes na nossa economia, que hoje estão demandando trabalhadores.
 Como as instituições de ensino do chamado Sistema S – Senai, Senac, Senar, Senat e Sescoop – vão entrar nessa rede?
Presidenta: Olha, elas já são nossas parceiras neste desafio. Vamos readequar o Sistema S e ampliar a estrutura que já existe, com recursos do BNDES. Vamos aumentar o número de escolas e de vagas gratuitas para a população de baixa renda. Estamos dando um passo à frente num acordo feito em 2008, ainda na época do governo Lula, quando ficou acertado o aumento das vagas gratuitas em cursos do Sistema S.
E quem não conseguir uma vaga de graça e também não tiver dinheiro para pagar, como é que faz?
Presidenta: Para isso, nós vamos ampliar o Financiamento Estudantil, o Fies, que já existe para o ensino superior, e agora vamos ampliá-lo para o ensino técnico. Quem quiser fazer um curso técnico em escola do Sistema S ou em escolas particulares, também vai poder pegar empréstimo para pagar o curso em condições muito facilitadas. E vai ter outra novidade: o Fies Empresa. O que é o Fies Empresa? É um tipo de empréstimo que vai ser dado às empresas para que elas promovam a formação profissional dos seus empregados.
 Presidenta, a senhora também tem falado muito em oferecer bolsas para quem quiser estudar no exterior. Por quê?
Presidenta: Aí é o seguinte: não existe um só país avançado na área de ciência, na área de tecnologia, que não tenha enviado seus jovens para estudar no exterior. É por isso que estamos criando um programa de apoio ao ensino no exterior. Hoje temos 5 mil estudantes brasileiros que estudam no exterior com bolsas custeadas pelo governo. A maior parte deles está na França, na Alemanha e nos Estados Unidos. Queremos avançar, e vamos avançar muito, porque o nosso objetivo é conceder 75 mil bolsas, só o governo, até 2014. É um desafio grande, mas podemos alcançá-lo. Tenho certeza de que com esses dois programas, o Pronatec e as bolsas no exterior, vamos dar um salto no desenvolvimento deste país. Se hoje somos a sétima economia do mundo, devemos, em grande medida, ao suor e à força de quem faz o país crescer. Mas temos que lembrar que o Brasil precisa de mão de obra qualificada para prosseguir nesse novo ciclo do seu desenvolvimento. Com qualificação e formação do trabalhador faremos um país mais rico, digno e sem pobreza.
Fonte: Palácio do Planalto.

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