Quarta-feira, dia 21, greve dos médicos contra os planos de saúde
Entidades médicas estaduais ainda divulgarão lista com o nome das operadoras de saúde afetadas, uma vez que atendimento será normal naquelas que aceitaram negociar reajustes, diz Márcio Bichara, da Federação Nacional dos Médicos. Subcomissão da Câmara deve apresentar relatório em outubro.
Marcel Gomes, via Carta Maior
Em dez anos, as mensalidades dos planos de saúde aumentaram em média 160%, enquanto a remuneração dos médicos por consultas e procedimentos executados subiram apenas 50%. Essa diferença, de acordo com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), é uma das razões que levarão a categoria a uma greve nacional contra as operadoras, na quarta-feira, dia 21.
A paralisação não atingirá usuários de todos os planos de saúde, porque alguns já aceitaram negociar o reajuste nas remunerações. Uma lista com as empresas afetadas foi divulgada pelas entidades médicas de cada Estado, que coordenam as negociações regionalmente.
“As operadoras continuam fortes e robustas, ganham muito dinheiro, mas os prestadores têm sido prejudicados”, critica Márcio Bichara, diretor de saúde complementar da Fenam, em entrevista à Carta Maior.
Segundo ele, esse cenário prejudica diretamente os clientes dos planos, uma vez que eles têm de enfrentar consultórios lotados e consultas cada vez mais curtas. “Os médicos fazem isso para melhorar um pouco a remuneração”, explica o diretor da Fenam.
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