terça-feira, 18 de outubro de 2011

Raimundo Angelim destaca educação ambiental no tratamento dos resíduos sólidos
Prefeito Raimundo Angelim visita unidade de tratamento do lixo, em Rio Branco (Foto: Site da PRB)

Em Rio Branco foi feito um trabalho de educação ambiental com a população da cidade


Raimundo Angelim, prefeito petista de Rio Branco, capital do Acre, destacou  as iniciativas do governo municipal em relação à lei dos resíduos sólidos. Segundo ele, em Rio Branco foi construída uma moderna unidade de tratamento de resíduo sólido, modelo único na Amazônia, e implementou um trabalho de educação ambiental voltado para a população da cidade.
“Nós fizemos juntamente um trabalho de educação ambiental com as famílias e com a população da cidade porque não adianta você ter uma Ultre, que nós chamamos moderna, se a população não está consciente com da coleta seletiva do lixo. Só vai para a sela o lixo que não pode ser transformado em oportunidade de trabalho ou em dinheiro. Nós temos então o processo de reciclagem, nós temos o processo de compostagem que transforma o lixo orgânico em adubo, que é levado para as nossas hortas comunitárias, para os nossos jardins e nossos parques. Nós temos vidro e papel que são transformado em conduítes e chapeis para a área da construção civil, madeira e plástico em caixas para supermercados. É uma empresa que se instalou dentro da nossa cidade em Rio Branco, onde se emprega só dentro da Ultre, na reciclagem e na separação do lixo, 120 pessoas todas com EPI e carteira assinada”, afirma o prefeito.
O prefeito demonstrou preocupação com relação à exigência do governo no sentido de que todos os municípios brasileiros tenham o seu plano municipal de resíduos sólidos. “É importante, mas nós temos que ver aonde buscar os recursos para que os prefeitos possam transformar esses planos em uma unidade de tratamento de resíduos sólidos. No nosso caso fizemos uma operação de crédito junto com a Caixa Econômica Federal que tem recursos para isso, mas nem todo município tem capacidade de endividamento e pagamento para captar recursos. Eu acho que o governo federal deveria ter uma linha de crédito para aqueles municípios menores que não tem condições com recursos próprios de implementar uma operação de crédito, porque os maiores problemas das cidades no mundo são a mobilidade urbana, destino dos resíduo sólidos e a parte de segurança. O governo federal está de parabéns por fazer essa exigência do plano municipal de resíduo sólido, mas tem que mostrar também quais as linhas de crédito para os prefeitos poderem concretizar esse plano”, aconselha.
Para Angelim, a educação ambiental é uma prioridade. “Tem que ter priorizar a educação nas escolas de educação infantil, depois as escolas de ensino fundamental e médio porque quando você trabalha a criança você tem mais oportunidade de adquirir maior sucesso e êxito porque ela em casa vai cobrar do pai, da mãe, da secretária, da empregada domestica e dizer olha tem separar o lixo. Porque o que é usual no Brasil é você colocar no mesmo saco todo tipo de lixo orgânico, coloca o papel, coloca a lata, o vidro tudo junto e isso dificulta muito qualquer trabalho desta natureza. Então se você trabalhar a educação ambiental nas escolas, nas creches é muito melhor porque eu acredito muito que quando você foca na criança, a mudança da família está na exigência que o filho faz para o pai, para mãe, para o padrasto e para a avó, ou seja, eu acho que ele é o grande facilitador desse processo dentro de casa”, disse.
O prefeito de Rio Branco alerta também para o nível atual do consumismo que aumenta o acúmulo do lixo. “A parte principal sobre a questão do lixo não está somente em trabalhar a coleta e o destino, é você trabalhar o consumismo desenfreado, pois a publicidade estimula esse consumismo desenfreado e a cada dia aumenta o volume de lixo e algum dia vai chegar o momento de se pensar e ai o que nós vamos fazer? Então nós temos que trabalhar a origem que é o consumismo desenfreado, ou então que tipo de embalagem é mais propícia, que tipo de produto, isso é fundamental nós trabalharmos, ou seja, trabalharmos toda a cadeia e não apenas a parte final que dá mais trabalho e é mais complicado”, alerta ele.

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