Brasil Sem Miséria e desenvolvimento agrícola são destacados por Bohn Gass
O Bolsa Família dá condições para famílias de baixa renda se capacitarem (foto Bruno Spada/MDS)
Atender pobres e mais necessitados é função do nosso governo, destaca o parlamentar.
Elvino Bohn Gass é o secretário nacional de politica agrária do PT, foi deputado estadual pelo estado do Rio Grande do Sul e está no primeiro mandato na Câmara Federal. Um dos defensores da agricultura familiar, e o desenvolvimento sustentável, em entrevista enfatiza que a erradicação da miséria no Brasil, a diminuição das desigualdades e inclusão com cidadania são ações prioritárias no país.
“Pensar nos mais pobres, nas pessoas mais necessitadas e para elas ter programas, a fim de que se tornem cidadãs é a função do nosso governo”.
O parlamentar Bohn Gass destaca o Bolsa Familia: “O Bolsa Família, por exemplo, elas (as pessoas mais necessitadas) tem condições de se alimentar, de poder comprar sua roupa, de poder ter o mínimo de dignidade, mas não é para sempre, não é para ser eterno o Bolsa Família” – e completa que o melhor exemplo da inclusão social do grupo que era benificiário do Programa, foi a devolução do cartão do Bolsa Família por parte de milhares de pessoas que conseguiram seu próprio sustento.
O parlamentar ressalta que o Programa tem este objetivo: “dar condições aos jovens que são de família de baixa renda se capacitarem, para que eles possam ter um emprego, as mães participam de cursos de capacitação, as crianças não podem estar fora das salas de aulas”.
O deputado defende que o governo federal faz a sua parte com programas como o Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria e que os estados também precisam por em prática ações como esta e exemplifica que o governo do estado de Rio Grande do Sul lançou o programa complementar RS Mais Igual, que desenvolve um conjunto de ações que passam pela produção de alimentos.
“Somos sete bilhões de habitantes que precisam se alimentar, e quem produz este alimento é o agricultor que hoje é beneficiado pelo plano nacional intitulado Safra Anual, com créditos, financiamentos e politicas de preços, o Rio Grande do Sul segue a mesma linha, criando uma politica de estado, quando fui deputado estadual, aprovamos uma lei de minha autoria, por unanimidade, estava instituído o Plano Safra Estadual que visa promover com recursos estatais, o desenvolvimento do setor agrícola gaúcho”.
Em seu primeiro mandato como deputado federal, se destaca como defensor aguerrido da bioenergia e justifica sua atuação nesta área pelo fato de ocorrerem inúmeros problemas climatológicos e também pela necessidade de se ter energias renováveis, pois, segundo o deputado “as fontes energéticas tradicionais, apesar de serem as mais poluidoras, contribuindo com as intempéries citadas anteriormente, além de muito caras, são finitas” e defende: “a energia dos ventos, a energia solar, as energias com custo menores e neste sentido o gás, produzido a partir dos dejetos de suínos, de bovinos, que sem tratamento são um problema para o meio ambiente, podem ser transformado em uma solução rentável”.
Recentemente Bohn Gass esteve em Foz do Iguaçu, estado do Paraná. Conheceu experiências desenvolvidas com apoio de várias empresas governamentais, como a Itaipu, a Eletrobrás, e que já foram colocadas em prática, pelos governos Dilma e Tarso no noroeste gaúcho. “E esta inovação do Biogás, transformado em energia elétrica, onde o agricultor não vai ser mais o comprador de energia que vem até a propriedade dele, mas ele vai ser alguém vendendo em uma solidária de energia, e essa, para mim é a revolução, que é a transformação do Biogás em energia elétrica”.
Bohn Gass chegou à Câmara dos Deputados e já apresentou vários projetos de lei, apenas em um ano de mandato, um dos principais é o projeto sobre o crédito fundiário. O texto prevê que as famílias agrícolas possam ter linhas de créditos com boas condições de juros, para aquisição de suas terras, principalmente em questões relacionadas a inventário, herança que não estão previstas no Programa de Credito Fundiário e já se está coletando assinaturas dos líderes, a matéria está pronta para ir à votação no plenário.
“O intuito é votar o mais rápido possível para poder oferecer aos agricultores, aos familiares e aos jovens, principalmente, condições de permanecerem no campo. “O 1º Seminário da Juventude Rural Campesina realizado na Câmara dos Deputados, foi uma sugestão minha e que teve a presença de inúmeros jovens, de todos os movimentos sociais, governo, municípios, prefeitura, estados, aonde nós colocamos o tema da pluriatividade agrícola, ou seja, as atividades rurais não agrícolas, mas que permite aos jovens em diferentes atividades permanecerem no campo, e para isto temos que levar tecnologia”.
Emendas populares
O secretário nacional de politica agrária do PT encerra a entrevista com um desafio sobre a emenda de iniciativa popular, de autoria do relator do orçamento, deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) “Esta experiência dando certo, nenhum outro relator no futuro poderá retirar esta emenda, o debate será em quanto ele ampliará este recurso, nós vencemos, o povo venceu e o legislativo cumpriu o seu papel”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário