Leonardo Sakamoto - De tempos em tempos, nós – jornalistas – somos surpreendidos com notícias de demissões coletivas em veículos de comunicação. Atos que foram batizados carinhosamente de “passaralhos” (imaginem o porquê). Não vou discutir as razões que levam à dispensa de colegas de profissão – os motivos dos “ajustes” vão desde a necessidade de sobrevivência do próprio veículo à maximização de lucros, ou seja, para não ser leviano, precisam ser analisadas caso a caso. Vou me ater ao outro lado do balcão, ou seja, como reagimos a isso. Até porque, após a atual leva de demissões, não fiquei sabendo de nenhum ato de solidariedade aos demitidos. Talvez pelo medo de também perder o emprego, talvez pela sensação de impotência que resulta da lenta e contínua acomodação, talvez por algo maior que isso.
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