quarta-feira, 14 de março de 2012

Dilma recebe Prêmio Berta Lutz e diz que foco do governo é igualdade de gênero

A presidenta Dilma Rousseff, detentora de vários prêmios nacionais  e internacionais, recebeu mais uma premiação nesta terça-feira (13), no Congresso Nacional. A homenagem faz parte dos atos comemorativos do Dia Internacional da Mulher (8 de março). Além de Dilma, outras cinco mulheres foram agraciadas com o Prêmio Mulher-Cidadã Bertha Lutz, concedido pelo Senado às mulheres que se destacaram na luta por igualdade de gênero.
Ao receber o prêmio, a presidenta Dilma disse se sentir “feliz e honrada” e dedicou o prêmio às brasileiras que, segundo ela, lutam por igualdade de oportunidade. “As nossas políticas serão focadas na igualdade de gênero. São 97 milhões de brasileiras com participação decisiva no processo de transformação do país. Igualdade de oportunidade, de gênero, raça, etnia e social devem ser obsessão deste País”, afirmou.
A representante da bancada feminina na Câmara, deputada Benedita da Silva (PT-RJ) lembrou das lutas para a construção de uma Constituição “popular e cidadã”. Segundo ela, aconteceram grandes reformas a partir da Constituição, mas, ainda hoje, explica Benedita, as mulheres brasileiras continuam lutando por espaços “nas fábricas, escolas, nos quilombos, universidades e, principalmente, na política”.
Benedita defendeu também paridade de gênero na reforma política em debate na Câmara. “Queremos uma reforma política inclusiva, que contemple a participação paritária das mulheres. É isso que estamos buscando”, revelou Benedita.
Para o líder da bancada do PT, deputado Jilmar Tatto (PT-SP), o diploma concedido à presidenta também representa o reconhecimento da luta “incansável” de milhões de brasileiras. “A presidenta Dilma tem dado mostras, a todo o momento, que merece essa valorização. Ela é a presidenta de todo o povo brasileiro, mas que tem um olhar feminino na condução do país”, ressaltou.
O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), reverenciou a luta das mulheres e conclamou o parlamento a incluir dispositivos na proposta da reforma política em debate na Câmara, que amplie a presença feminina. “Das 513 cadeiras de deputados, apenas 35 são ocupadas por mulheres. A reforma política deve promover a inclusão”, defendeu.
Marco Maia disse que apesar do parlamento ser composto, em sua maioria, por homens, há, segundo ele, a sensibilidad em debater e aprovar propostas que contemplem a questão de gênero. Ele destacou a aprovação, na semana passada, do projeto que equipara o salário de homens e mulheres que exercem as mesmas funções. Marco Maia lembrou, também, que tramitam na Câmara 134 propostas que beneficiam as mulheres.
Bertha Lutz – A paulista Bertha Maria Júlia Lutz nasceu em 1894. Ela tornou-se referência feminina pela sua luta pelo direito ao voto feminino. Ela fundou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher. Além disso, representou as brasileiras na assembleia-geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos. As mulheres conquistaram o direito de votar em fevereiro de 1932.
Benildes Rodrigues

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