Rendimento médio do trabalhador atinge valor mais alto desde 2002 em fevereiro
Resultado foi impulsionado pelo aumento do salário mínimo, que apresentou alta de 14% no início do ano, ao passar de R$ 545 para R$ 622.
O rendimento médio do trabalhador brasileiro atingiu em fevereiro R$ 1.699,70, o valor mais alto desde março de 2002, quando teve início a série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento, divulgado durante a semana passada, revela que o poder de compra dos ocupados, ou seja, as pessoas que trabalham com carteira assinada ou informalmente, aumentou 1,2% em comparação com janeiro e 4,4% em relação a fevereiro de 2011.
De acordo com o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, o resultado foi impulsionado pelo aumento do salário mínimo, que apresentou alta de 14% no início do ano, ao passar de R$ 545 para R$ 622. “Esse recorde foi causado principalmente pelo aumento do salário mínimo, que é o principal indexador de muitos grupamentos de atividades, de muitas classes de trabalhadores, e foi um dos maiores responsáveis pelo movimento”, explicou.
Azeredo acrescentou que a dispensa de trabalhadores temporários, o que geralmente ocorre no início do ano, pode ter contribuído também para elevar a média dos rendimentos. “Esses trabalhadores temporários, em geral, ganham menos. Com a saída deles [do mercado de trabalho], a média dos rendimentos tende a subir”, afirmou.
O gerente do IBGE disse ainda que os setores que sofreram os maiores impactos do aumento do salário mínimo foram a indústria e o comércio. O documento aponta que São Paulo registrou em fevereiro de 2012 o maior rendimento médio (de R$ 1.813), seguido pelo Rio de Janeiro (R$ 1.805).
De acordo com o levantamento, cinco das seis regiões metropolitanas observadas pelo IBGE tiveram aumento no rendimento em fevereiro deste ano na comparação com fevereiro de 2011: Recife (6,7%), Salvador (18,6%), Belo Horizonte (7,0%), Rio de Janeiro (0,4%) e São Paulo (5,4%).
(Agência Brasil)
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