Aumento da obesidade, modelo falido de produção alimentícia e uso de agrotóxicos preocupam Consea
Maria Emília Pacheco durante a posse do Consea (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Maria Emília Pacheco tomou posse na presidência do novo Conselho Nacional de Segurança Alimentar
Na cerimônia de posse dos novos integrantes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), a antropóloga Maria Emília Pacheco, que assumiu a presidência do colegiado, criticou os agrotóxicos e os alimentos transgênicos. “O caminho percorrido historicamente pelo Brasil, com seu modelo atual de produção, nos levou ao lugar do qual não nos orgulhamos - de maior consumidor de agrotóxicos no mundo e uma das maiores áreas de plantação de transgênicos”, disse ela em discurso de posse na última terça-feira.
Maria Emília também demonstrou preocupação com o crescente aumento da população obesa no Brasil. “A obesidade não é resultado de uma escolha individual pelo consumo dos alimentos. O contexto que temos hoje é de uma crescente padronização dos hábitos alimentares e de um excessivo consumo de alimentos processados assim como temos, lamentavelmente, um processo de contaminação dos alimentos por agrotóxicos. Isso é decorrente do modelo de produção e consumo que o Brasil tem adotado historicamente. Por isso, entendemos que precisamos de mudanças estruturadoras que reorientem as macro políticas. E uma delas é a busca de um modelo alternativo de produção que afirmamos ser o caminho com a agroecologia”, argumentou.
A nova presidenta do Consea, que é antropóloga, lembrou que existe um Plano Nacional de Prevenção da Obesidade e que irá trabalhar nele. Ela destacou ainda a importância de políticas que trabalhem na preservação da diversidade alimentar e que o papel do Conselho é articular ações que agregam o trabalho de vários ministérios, para que haja avanço da segurança alimentar no Brasil.
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