Presos por suspeita de participação na chacina de Doverlândia são liberados
Geraldo Neto
Depois
de quase um mês presos, foram soltos nesta sexta-feira (25) três homens
investigados por suposta participação na chacina em Doverlândia, no
sudoeste de Goiás. O crime aconteceu no dia 28 de abril em uma fazenda
do município, onde sete pessoas morreram degoladas.O principal suspeito dos assassinatos, Aparecido de Souza Alves, 22 anos, havia apontado os três homens como co-autores do crime. Mas, segundo a polícia, as investigações indicaram que não havia nenhuma ligação entre eles e Aparecido.
A liberação dos três foi pedida pelo delegado de Iporá, Ronaldo Pinto Leite, que assumiu as investigações da chacina. Ele se baseou na análise dos depoimentos e cruzamentos de dados telefônicos.
Aparecido assumiu a autoria das sete mortes e apresentou várias versões para os assassinatos, entre uma delas, a de que teria tido ajuda de outras três pessoas. A polícia deteve um dos homens apontados por ele em Doverlândia e dois em Frutal (MG), no Triângulo Mineiro, durante o velório do proprietário da fazenda onde o crime ocorreu e do filho dele.
Indicado em um dos depoimentos de Aparecido como mandante do crime, o comerciante Alcides Batista Barros disse, em entrevista à TV Anhanguera, que sequer conhecia o jovem. “Eu nunca vi o Aparecido em Doverlândia, eu nunca estive com ele. Eu não tenho a mínima ideia por que ele falou que eu sou mandante. Não sei se é por causa das minhas amizades, porque eu sou comerciante lá, então, tem muita gente que me conhece e eu não conheço”, afirmou.
Mesmo com a morte de Aparecido no último dia 8, na queda do helicóptero da Polícia Civil que também matou cinco delegados e dois peritos, o caso continua a ser investigado. A aeronave com oito pessoas caiu quando o grupo retornava de Doverlândia para Goiânia, após a segunda parte da reconstituição do crime.
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