sábado, 26 de maio de 2012

Presos por suspeita de participação na chacina de Doverlândia são liberados

Geraldo Neto
Depois de quase um mês presos, foram soltos nesta sexta-feira (25) três homens investigados por suposta participação na chacina em Doverlândia, no sudoeste de Goiás. O crime aconteceu no dia 28 de abril em uma fazenda do município, onde sete pessoas morreram degoladas.
O principal suspeito dos assassinatos, Aparecido de Souza Alves, 22 anos, havia apontado os três homens como co-autores do crime. Mas, segundo a polícia, as investigações indicaram que não havia nenhuma ligação entre eles e Aparecido.
A liberação dos três foi pedida pelo delegado de Iporá, Ronaldo Pinto Leite, que assumiu as investigações da chacina. Ele se baseou na análise dos depoimentos e cruzamentos de dados telefônicos.
Aparecido assumiu a autoria das sete mortes e apresentou várias versões para os assassinatos, entre uma delas, a de que teria tido ajuda de outras três pessoas. A polícia deteve um dos homens apontados por ele em Doverlândia e dois em Frutal (MG), no Triângulo Mineiro, durante o velório do proprietário da fazenda onde o crime ocorreu e do filho dele.
Indicado em um dos depoimentos de Aparecido como mandante do crime, o comerciante Alcides Batista Barros disse, em entrevista à TV Anhanguera, que sequer conhecia o jovem. “Eu nunca vi o Aparecido em Doverlândia, eu nunca estive com ele. Eu não tenho a mínima ideia por que ele falou que eu sou mandante. Não sei se é por causa das minhas amizades, porque eu sou comerciante lá, então, tem muita gente que me conhece e eu não conheço”, afirmou.
Mesmo com a morte de Aparecido no último dia 8, na queda do helicóptero da Polícia Civil que também matou cinco delegados e dois peritos, o caso continua a ser investigado. A aeronave com oito pessoas caiu quando o grupo retornava de Doverlândia para Goiânia, após a segunda parte da reconstituição do crime.

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