O
governador de Goiás, Marconi Perillo, deixou seu partido, o PSDB, numa
saia-justa. E agora? Ele será expulso da legenda ou não, depois das
revelações das investigações da Polícia Federal sobre seu envolvimento
com Carlinhos Cachoeira e a construtora Delta?
Nessa
segunda-feira, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que
não se oporá à reconvocação de Perillo para depor na CPI mista do
Cachoeira.
Mas mesmo assim, Álvaro Dias não deixou de manifestar o velho esquema corporativista de proteção a correligionários.
"Nada
contra a convocação. Não seremos obstáculo à convocação. Mas a pergunta
é: convocar para quê? Para repetir as mesmas perguntas e ouvir as
mesmas respostas?", indagou Álvaro Dias.
Até porque, segundo
lembrou Dias, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha
(PT-MG), e o presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB), já
disseram que há "elementos" para indiciar Marconi Perillo.
Na primeira em vez em que esteve na CPI, Marconi Perillo negou envolvimento com o "empresário" Carlinhos Cachoeira.
Mas
relatório da Polícia Federal mostra indícios de que a Delta,
construtora considerada braço empresarial do esquema de corrupção do
bicheiro Carlinhos Cachoeira, pagou propina a Perillo em troca do
pagamento de faturas sem atraso, por serviços prestados ao governo
estadual.
Pelo menos um ponto, senador Álvaro Dias está correto:
"Nós não podemos deixar o tempo passar e não chegarmos àquilo que é
essencial: o superfaturamento de obras, pagamento de propina, tráfico de
influência, desvio de bilhões de reais dos cofres da União".
Isso
o PT luta bravamente para não acontecer. Quer restringir o caso ao
governador goiano, o que não ameniza em nada a roubalheira patrocinada
por Perillo, segundo a Polícia Federal.
A história foi revelada
pela revista Época desta semana, que faz parte do que os petistas chamam
de PIG (Partido da Imprensa Golpista) --- um movimento para derrubar o
governo do PT
Nenhum comentário:
Postar um comentário