terça-feira, 17 de julho de 2012

 O governador de Goiás, Marconi Perillo, deixou seu partido, o PSDB, numa saia-justa. E agora? Ele será expulso da legenda ou não, depois das revelações das investigações da Polícia Federal sobre seu envolvimento com Carlinhos Cachoeira e a construtora Delta?
Nessa segunda-feira, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), afirmou que não se oporá à reconvocação de Perillo para depor na CPI mista do Cachoeira.
Mas mesmo assim, Álvaro Dias não deixou de manifestar o velho esquema corporativista de proteção a correligionários.
"Nada contra a convocação. Não seremos obstáculo à convocação. Mas a pergunta é: convocar para quê? Para repetir as mesmas perguntas e ouvir as mesmas respostas?", indagou Álvaro Dias.
Até porque, segundo lembrou Dias, o relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), e o presidente da comissão, senador Vital do Rego (PMDB-PB), já disseram que há "elementos" para indiciar Marconi Perillo.
Na primeira em vez em que esteve na CPI, Marconi Perillo negou envolvimento com o "empresário" Carlinhos Cachoeira.
Mas relatório da Polícia Federal mostra indícios de que a Delta, construtora considerada braço empresarial do esquema de corrupção do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pagou propina a Perillo em troca do pagamento de faturas sem atraso, por serviços prestados ao governo estadual.
Pelo menos um ponto, senador Álvaro Dias está correto: "Nós não podemos deixar o tempo passar e não chegarmos àquilo que é essencial: o superfaturamento de obras, pagamento de propina, tráfico de influência, desvio de bilhões de reais dos cofres da União".
Isso o PT luta bravamente para não acontecer. Quer restringir o caso ao governador goiano, o que não ameniza em nada a roubalheira patrocinada por Perillo, segundo a Polícia Federal.
A história foi revelada pela revista Época desta semana, que faz parte do que os petistas chamam de PIG (Partido da Imprensa Golpista) --- um movimento para derrubar o governo do PT

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