Crise: déficit maior é de democracia, não de ajuste fiscal
Por Saul Leblon, em Carta Maior
Por que uma camareira não teve medo de denunciar o dirigente máximo do FMI, mas os partidos e governos vergam diante do Fundo e das imposições dos mercados financeiros?
A pergunta soa irônica. Mas encerra uma cortante ilustração dos dilemas embutidos numa crise em que os mercados financeiros encontram liberdade para pautar as” soluções” – e explicações – para o colapso que criaram, poupando-se de maiores ônus em detrimento da economia e da sociedade.
A pirueta não seria possível sem a rede de segurança que tem sido estendida pelos governantes e legendas de esquerda, colonizados pela capacidade argumentativa das finanças em repetir à exaustão nos últimas quatro décadas: “não há alternativa”.
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