sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Juízes sem moral?

Diz a sabedoria popular que a gente não deve brigar com juiz, nem padre. Eu acrescento médicos. Mas não posso deixar de elogiar e fazer eco as palavras de Christiano Abreu Barbosa, em seu Ponto de Vista, onde relata casos recentes, conhecidos  e de grande repercussão de descumprimento de decisões judiciais sem que nada (pelo menos que até o momento seja de conhecimento público) tenha acontecido.
É impressão minha ou os juízes não conseguem mais serem respeitados e fazerem valer as suas decisões? Em vários episódios recentes, pessoas atingidas por decisões de juízes se recusaram a cumpri-las, sem sofrerem, até o momento, nenhuma consequência por isto. Relembremos:
- Em um polêmico debate no último sábado, de baixo nível, o presidente da Câmara, Nelson Nahim, e o seu irmão, o deputado federal Anthony Garotinho, cercados de vereadores aliados da prefeita, praticamente confessaram todas as manobras feitas de comum acordo para postergar o cumprimento da decisão que determinava a posse de Nahim como prefeito interino.
- No Fla x Flu de domingo, o técnico Abel Braga teve um acesso de ira após o seu time tomar a virada nos últimos minutos do jogo, contaminando até os seus jogadores, que acabaram por perder a cabeça. Sem competência para vencer um jogo em que foi sempre melhor, o técnico do Fluminense, em um chororô a la Cuca, colocou a culpa no ábritro pela derrota. Expulso justamente de campo pelo juiz, ele se recusou a cumprir a determinação e desafiou a alguém tira-lo dali. Ninguém teve coragem e Abel ficou no campo até o final.
- Ontem a justiça de Campos, em uma acertada medida, determinou em uma liminar que os bancos reabrissem e que os bancários interrompessem a sua greve (que já virou até férias com data marcada), dando prazo de 24 horas para reabertura das agências. Eles se recusaram a cumprir a decisão e, até este momento, os bancos continuam fechados, para prejuízo de milhares de clientes.

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