Na FAO, José Graziano pede apoio de países para erradicar a fome
José Graziano, diretor-geral da FAO
O brasileiro José Graziano da Silva deu hoje sua primeira coletiva de imprensa depois de assumir a direção-geral da FAO.
Discursando em inglês e espanhol, o novo diretor-geral da FAO, (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), o brasileiro José Graziano da Silva, pediu hoje, em Roma, apoio da comunidade internacional para combater a fome no mundo. Graziano reuniu-se com os representantes dos países-membros e convidou todos a uma reaproximação para ajudar a agência.
“Eu pedi um apoio adicional (aos países-membros) nesse primeiro semestre, para levarmos adiante a reforma da FAO, torná-la mais eficiente e poupar recursos da burocracia e poder ter uma atuação mais forte, mais presente, nos países”, afirmou hoje, em sua primeira entrevista coletiva depois que assumiu o cargo, no domingo.
Esse apoio é fundamental neste período no qual as finanças da FAO não vão bem. O corte no orçamento da própria ONU também se fez sentir em Roma. Além disso, muitos países-membros estão em débito com a Organização. O maior doador, os Estados Unidos, retem recursos em Washington e defende a reforma da organização, após três mandatos consecutivos de 18 anos de seu antecessor, o senegalês Jacques Diouf.
Graziano reafirmou que pretende promover uma mudança de rota no combate à fome. Os países “do coração da África” e os do Chifre da África terão prioridade. Neste mês, ele vai à África para conhecer de perto a realidade dessas duas regiões. Ainda com metas voltadas aos países em desenvolvimento, o brasileiro pretende reforçar a cooperação sul-sul.
(Reuters)
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