terça-feira, 29 de maio de 2012

Gilmar Mendes e Roberto Gurgel atacam Lula para se safar da CPMI e proteger seus aliados


Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre
 
Dois pesos e duas medidas. O ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso que vendeu o Brasil em uma privatização que se tornou a maior da América Latina, bem como, posteriormente, serviu de material para o famoso livro “A Privataria Tucana”, que jamais foi repercutido na imprensa comercial e privada e muito menos serviu de material informativo para o senhor procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentar representação ao Ministério Público Federal contra os neoliberais FHC e José Serra, entre outros tucanos emplumados que venderam o que não construíram e muito menos o que não é deles e, sim, da Nação.
Por causa da pressão que tem recebido por prevaricar no caso da Operação Vegas da Policia Federal, que investigou a quadrilha de Cachoeira, que tomou conta do Estado de Goiás e se ramificou pelas três esferas de governo, Gurgel usa como estratégia para se defender de sua irresponsabilidade o Mensalão, como forma de se blindar e acusar seus adversários, que hoje preferem ver o diabo a vê-lo à frente da Procuradoria Geral, a cruzar os braços e a fazer ilações, no mínimo, precipitadas e sem base alguma no que concerne ao Mensalão.
A verdade é que os assuntos que se tratam são as operações Vegas, Monte Carlo e as gravações que indicam que o senador Demóstenes Torres, o herói da imprensa de negócios, o governador de Goiás, Marconi Perillo e os jornalistas da Veja, Policarpo Jr., e da Época, Eumano Silva, entre muitas outras pessoas, estão envolvidos com o esquema do bicheiro Cachoeira. Gurgel, como afirmou o senador Fernando Collor, prevaricou. Além disso, o condestável da República, que atende pelo nome de Gilmar Mendes, adiantou-se, ao que parece, à possível divulgação de seu nome nesse escândalo, e passou a atacar virulentamente o ex-presidente Lula, o político mais popular da história do Brasil.
Gilmar Mendes é um escárnio à boa conduta e ao cargo que ocupa. Ele envergonha o Judiciário e o povo brasileiro. Ele deveria ser, urgentemente, chamado às falas pelos seus colegas de Tribunal e pelo seu presidente, ministro Ayres Britto, porque seu comportamento, a sua conduta é de um homem que tomou à frente do processo da CPMI do Cachoeira/Demóstenes para evitar que o PSDB, o DEM e seus aliados Veja e Globo não sejam investigados ou chamados às falas, como ele disse uma vez quando pretendeu interpelar o presidente Lula.

Gilmar Mendes tem medo do quê? Por que somente depois de um mês de se encontrar com Lula o tal ministro abriu a boca e, para a surpresa de ninguém, falou à Veja, a revista porcaria, que não tem credibilidade, além de estar no olho do furacão por ter se envolvido com a quadrilha de Cachoeira e seus arapongas, que estão presos. Gilmar agride o Lula como se o ex-presidente fosse do nível dele e por isso não merecesse respeito. Gilmar Mendes foi desmentido pelo ex-presidente do STF, Nelson Jobim, no que concerne a conversa que supostamente teve com Lula e mesmo assim continua a agredi-lo sem se importar com a sua posição de ministro da Corte mais importante do País. Fala pelos cotovelos e mede consequências, pois visivelmente não importa em criar uma crise institucional no País. Gilmar é, irremediavelmente, apoplético,  falta-lhe senso, pois acometido de rancores e ressentimentos que fariam o diabo ser o seu aprendiz.
Concomitantemente ao Gilmar Mendes, temos o procurador Roberto Gurgel, que representou contra Lula no MPF. Não há provas contra o maior político do País. E mesmo assim o senhor Gurgel, que prevaricou, toma uma atitude política como essa, sem, no entanto, jamais representar contra o neoliberal FHC, cujo governo foi denunciado com provas e documentos pelo livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro. Dois pesos e duas medidas. Juristas já afirmam na imprensa que a postura de Gilmar Mendes pode impedi-lo de julgar.
O que se discute no Brasil é o mega escândalo Cachoeria/Demóstenes/Veja/Globo. Só que o Gilmar e o Gurgel deram um jeito de o Lula se tornar alvo de ataques — via Mensalão — e com isso desviar a atenção da Nação para o que ocorre no Congresso Nacional, que, por meio da CPMI, abrir-se-á a caixa de Pandora do PSDB, do DEM e quiçá de certas autoridades que usam capa preta, trocaram seus afazeres do Judiciário para fazer política de oposição e partidária, bem como pensam que são intocáveis e acima da lei. A Veja, revista que pratica o verdadeiro jornalismo de esgoto, chafurda no mau cheiro. E a TV Globo e o O Globo repercutem o que não foi comprovado, o que ninguém ouviu e que foi desmentido, categoricamente, pelo ex-ministro Nelson Jobim, testemunha ocular e auditiva da conversa entre o juiz Gilmar e o ex-presidente Lula. Eles realmente querem melar a CPMI. A imprensa burguesa nunca precisou tanto deles. E eles, dela. É isso aí.

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