sábado, 14 de julho de 2012

Sábado, 14/07/2012 23h26
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Valdeci Rodrigues
A Revista Época desta semana publicou que a Polícia Federal comprova o envolvimento do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), com a construtora Delta e o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
O que a revista revela, com base nas investigações da PF, é o clássico esquema de corrupção na administração pública: para receber faturas por obras feitas no estado a Delta pagava propina a Perillo, com a intermediação de Cachoeira.
Daí surgiu, inclusive, a famosa história da casa de Perillo que se transformou em residência de Cachoeira.
O esquema de roubo de dinheiro do contribuinte é simples. A empreiteira faz obras, apresenta a fatura e recebe. Para receber sem protelação, paga propina. Ponto.
Onde está ou roubo?
Dinheiro não surge do nada. Então, a empreiteira cobra um preço bem mais alto (superfaturamento) para ter margem para pagar subornos. Inclusive, doar para campanhas eleitorais.
Quem paga a conta? O contribuinte, que tem boa parte dos impostos que paga roubada.
Na CPI Mista do Cachoeira já há quem defenda a reconvocação de Marconi Perillo  porque ele mentiu no primeiro depoimento dizendo que não tinha nenhum envolvimento com o "empresário" Carlinhos Cachoeira.
São nesses esquemas que as empreiteiras figuram como as maiores doadoras de dinheiro para campanhas eleitorais.
É um dos tipos mais comuns de assalto ao Erário. Inclusive, claro, no governo federal.
Nós sabemos disso. Mas é preciso que se prove, como a PF mostra agora no caso de Goiás.

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