Redução do IPI para linha branca eleva vendas em 23% nos 3 primeiros meses de 2012
O mercado varejista estima que as vendas em março tenham uma alta de 6,5%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Esta é a projeção do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), estudo realizado mensalmente com os associados do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). O instituto previu acertadamente altas de 6,5% e 7,4% nas vendas de janeiro e fevereiro, respectivamente.
Um dos fatores que influenciaram fortemente este crescimento foi a desoneração do IPI para os eletrodomésticos da chamada linha branca, implantada pelo governo em dezembro do ano passado.
Ainda de acordo com o estudo, as vendas de abril e maio estão indicando uma redução da taxa de crescimento em relação aos meses anteriores, apesar de que em geral são períodos considerados bons para o varejo.
O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) representa 35 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados. Atuante em todo o território nacional, o IDV tem como principal objetivo contribuir para o crescimento sustentável da economia brasileira, além do desenvolvimento do varejo ético e formal.
Crescimento em abril
O IAV-IDV aponta que o crescimento das vendas em abril será de 6,2% e em maio, de 5,6%. Para isso, defende que o governo mantenha a desoneração do IPI para os eletrodomésticos de linha branca por mais seis ou 12 meses. O decreto deixará de vigorar após 31 de março, lembra o presidente do instituto, Fernando de Castro.“Seria importantíssimo que essa medida pudesse ser estendida para outros setores de bens duráveis, que são fortes alavancadores de vendas e de atividade econômica em geral, tais como móveis, materiais de construção e artigos eletrônicos”, completa Castro.
Um dos setores mais otimistas é o de bens duráveis, em particular o de equipamentos de informática, com projeção de crescimento de 9,5% em março, em relação ao mesmo período do ano passado. “Este segmento foi o destaque em 2011 e deve continuar em alta, mais uma vez, impulsionado pelo bom momento do mercado de trabalho, baixo nível de desemprego, o menor desde 2002, crescimento da massa salarial, forte expansão do crédito e, finalmente, pela alta confiança do consumidor”, analisa o economista do IDV Rodolfo Manfredini. As projeções de crescimento deste segmento para abril e maio são de 9% e 9,3%, respectivamente.
Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV)
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